A manutenção anual dos extintores de incêndio é um dos pilares da proteção ativa contra incêndios em qualquer tipo de edificação. Pela norma brasileira vigente e pelas melhores práticas de engenharia de segurança, esse procedimento deve ser realizado mesmo que o extintor não tenha sido utilizado. Trata-se de um requisito técnico indispensável para garantir o desempenho correto do equipamento em uma emergência real.
1. Importância da Manutenção Anual
Os extintores são dispositivos pressurizados que dependem do equilíbrio entre seus componentes internos para atuar corretamente. Com o passar do tempo, mesmo sem acionamento, podem ocorrer:
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Degradação do agente extintor;
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Perda gradual de pressão;
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Ressecamento de mangueiras e anéis de vedação;
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Oxidação de peças metálicas;
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Comprometimento do sistema de gatilho e válvulas.
Assim, a manutenção anual assegura que o equipamento mantenha suas características originais de operação e não apresente falhas quando acionado.
2. O que a Manutenção Anual Deveria Incluir
A manutenção de extintores deve ser realizada exclusivamente por empresas certificadas, seguindo critérios técnicos padronizados. Entre os procedimentos normalmente adotados, destacam-se:
2.1 Verificação e Ensaios
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Análise completa da estrutura do cilindro;
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Conferência de pressão interna;
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Testes funcionais do gatilho, pino e lacre;
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Verificação da mangueira, difusor e manômetro.
2.2 Manutenção Preventiva
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Limpeza interna e externa do extintor;
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Substituição de anéis de vedação;
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Inspeção do estado do agente extintor;
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Verificação de corrosões ou amassados.
2.3 Manutenção Corretiva
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Troca de componentes danificados;
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Repressurização;
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Recarga completa do agente extintor;
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Reposição de mangueiras ou válvulas, caso necessário.
3. Periodicidade e Obrigações Técnicas
Além da manutenção anual, o extintor deve passar por:
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Inspeção visual mensal: realizada pelo responsável da edificação, verificando lacre, pressão e integridade física;
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Manutenção de 5 anos: que inclui o ensaio hidrostático do cilindro;
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Registros obrigatórios: etiqueta de manutenção, número de série, data, empresa certificada e profissional responsável.
Mesmo extintores sem uso devem cumprir rigorosamente todas as etapas, pois o simples fato de permanecerem pressurizados por longos períodos já implica risco de deterioração.
4. Consequências de Não Realizar a Manutenção
A ausência da manutenção pode resultar em:
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Falha total durante o combate inicial ao incêndio;
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Agravamento da propagação do fogo;
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Multas e autuações em vistoria;
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Responsabilidade civil e criminal do responsável pelo imóvel;
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Aumento significativo do risco aos ocupantes.
Do ponto de vista operacional, um extintor sem manutenção representa um falso senso de segurança.
5. Recomendações Operacionais
Para garantir a máxima eficiência do sistema de proteção, recomenda-se:
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Manter todos os extintores em suportes adequados ou nichos sinalizados;
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Garantir que o caminho até o extintor esteja sempre desobstruído;
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Realizar inspeções mensais de forma documentada;
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Manter um cronograma de manutenção anual organizado;
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Exigir certificado e etiqueta de manutenção da empresa executora;
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Substituir imediatamente qualquer extintor danificado ou com pressão inadequada;
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Treinar colaboradores para o uso correto dos extintores.
A RED Projetos e Cursos reforça que a manutenção anual é mais do que um requisito normativo: é um compromisso direto com a proteção da vida, da edificação e da continuidade operacional.
6. Conclusão
A manutenção anual dos extintores, mesmo sem uso, é um procedimento indispensável para preservar a confiabilidade dos equipamentos de combate inicial. Ao seguir os protocolos técnicos adequados, a edificação permanece em conformidade legal e, sobretudo, preparada para reagir de forma eficaz em situações de emergência.
A RED Projetos e Cursos permanece à disposição para auxiliar empresas, condomínios e instituições na implementação de rotinas de prevenção e combate a incêndio com segurança, responsabilidade e excelência técnica.
